Fonte: culturamix.com |
Existem várias máximas na
política, cada qual, mais esdrúxula do que a outra, porém, infelizmente, verdadeiras.
Analisemos algumas pérolas. Em política, feio é perder. Esta afirmativa,
repetida por todos os cantos do país, que dizer que, para ganhar, não interessa
os meios, interessa a vitória. Vale trapacear, comprar votos, só não vale
perder a eleição. Outra que me deixa muito triste: em política não se tem
amigos, mas companheiros. Quer dizer que as pessoas estão juntas, apenas por um
pacto temporário, amanhã, cada qual pode estar em situações totalmente
adversas.
A vida é muito ilusória e
precisamos vivê-la em constante busca da felicidade. O dinheiro existe para
isto, para proporcionar o prazer. Não pode ser ele, no entanto, a felicidade em
si. Uma vida com qualidade exige dinheiro, mas dentro do necessário, o que
passar disto, é desperdício. É ganância. É preocupação vã. O que era para gerar
conforto proporciona preocupação.
Na política penso ser da mesma
forma. A política, dentre todas as vocações, é a mais nobre. A política, dentre
todas as profissões, é a mais vil. A tese é do escritor Rubem Alves, que
continua:
“Vocação é diferente da profissão. Na vocação a pessoa encontra a
felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O
prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um
amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama
a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.”
O político precisa sentir prazer
em servir a comunidade e não prazer no dinheiro que pode ganhar com a política.
Quem escreve, tem prazer em escrever; quem dança, canta é a mesma coisa, se bem
que estas atividades podem gerar dinheiro. No entanto, quem as pratica, não tem
por fim o dinheiro, mas a satisfação.
A política não pode ser uma
profissão, mas uma arte de servir. Uma servidão que gere prazer em quem a
pratica.
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