sábado, 8 de junho de 2013

EDUCAÇÃO E CULTURA POLÍTICA





O voto popular e as eleições periódicas, que foram grandes conquistas alcançadas com a Proclamação da República e com a declaração dos direitos civis e políticos, não fizeram com que a população participasse ativamente da vida pública.
A implementação e a ampliação da democracia participativa pode trazer a apropriação, por parte do povo, da participação da vida política e pública. Não queremos pregar aqui o descarte, nem a diminuição da democracia participativa, que é a base para a nossa sociedade atual, o que pretendemos é defender e discutir a coexistência horizontal dessas duas formas de exercício da democracia. Coexistência essa que seria o passo inicial para uma possível efetivação da democracia participativa em toda a sociedade.
Em nossa sociedade atual a democracia representativa e a democracia participativa devem trabalhar de maneira horizontal e conquistar a igualdade de deveres e direitos para todos os cidadãos de nossos municípios, mesmo apresentando formas diferentes de se exercer a democracia e a cidadania.
A população precisa participar e acompanhar o governo que ela elegeu. A autonomia cidadã, a auto-gestão e a soberania popular seriam conquistas futuras após a apreensão da forma da governabilidade acima explicitada, isto porque, hoje a consciência popular da necessidade de participação nos processos decisórios e educação política são questões ainda embrionárias, melhor divulgadas e articuladas em todos os municípios.
Esse é o desafio para a população que quer participar, que quer mudar sua realidade através da ação participativa e comunitária, junto à administração pública e quer envolver sua comunidade, seu bairro, sua rua, seus vizinhos e fazer com que essa população perceba que não adianta lutar por interesses próprios, individuais.
Fazer com que as pessoas entendam que o exercício da cidadania passa pela solidariedade e pela idéia de que não vivemos isolados. É também um desafio para o poder público que quer agregar seus cidadãos na gestão da cidade, nos processos decisórios, que envolvem os interesses de seu governo e de sua comunidade.


Fonte:

Trecho retirado de Tese de mestrado feita por Fabiane Pizzirani com o título: O papel dos processos de participação popular na gestão municipal: Estudo do Orçamento Participativo no município de Rio Claro-SP, em 2006, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo. (págs. 126/127)



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