Desde o mês de março, houve a
expectativa de que o projeto de reajuste salarial dos servidores e da reforma
da estrutura administrativa da Prefeitura chegaria à Câmara Municipal, para que
os vereadores, na palavra do presidente Vanderlei Alves de Castilho (Tulei),
fizessem a analise de forma plena, já que se tratava de um projeto de repercussão
grande e que tinha aproximados 600 páginas.
Pois bem, chegando o mês de
abril, exatamente no dia 02, foi feita uma sessão extraordinária para que o
referido projeto estivesse na pauta da Câmara, onde foi votado:
- Regulamentação do estatuto dos servidores;
- Regulamentação do estatuto do magistério;
- Reestruturação administrativa da prefeitura;
- Plano de cargos e salários.
Juntos, os projetos tinham 634 páginas. Em meia hora, sem nenhum debate, sem
nenhum aparte de vereador e sem nenhuma discussão, os vereadores aprovaram por unanimidade.
Os projetos foram aprovados em
bloco, ou seja, feito de uma vez só, ao invés de fazer separadamente cada
projeto.
O que mostra que a prefeita
Ivanilde Rodrigues pode fazer o que bem entender que a Câmara aprova, sem
nenhum obstáculo.
Ela passou os projetos à Câmara,
sob regime de urgência, o que se torna impossível de fazer uma análise
minuciosa para se tornar mais transparente o processo, e assim os servidores
saberão o que estará sendo apresentado de fato.
Lamentável!
O que me incomodou neste
episódio, são dois fatos:
Primeiro: A falta de interesse
por parte do sindicato dos servidores municipais, que mesmo sendo votado da
forma como foi, não se manifestou publicamente, o que se torna as coisas mais
fáceis para a prefeita e para os vereadores.
Segundo: Querer chamar isso tudo
de “marco para a história política de
Auriflama”, vai me desculpar, mas acho que está sendo exagerada demais.
O que a prefeita disse ao Jornal “O
Imparcial” de que ficou contente ao saber do resultado unânime e que não foi
feito nenhum debate por “surpresa sua”, foi de uma forma, posso dizer, infeliz.
Os debates, as discussões, as
reuniões, as audiências são feitas para que projetos do porte como esses, sejam
SIM debatidos, discutidos de uma forma transparência e soberana, podendo até
demorar dias, mas para que todos no fim estejam satisfeitos: prefeita,
vereadores, sindicato, servidores, população em geral.
Se tiver benefícios ou não teve,
se foi bom para os servidores ou não, se teve prejuízos para os servidores ou não,
isso não interessa mais. Agora que já está aprovado do jeito como a prefeita e
seus assessores elaboraram, não vai adiantar servidor algum ou até mesmo algum
vereador questionar algo. O que está feito, está feito.
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