Senador Teotônio Vilela no dia da votação da Anistia, em 1979 - Foto: Senado Federal |
Teotônio Brandão Vilela nasceu na cidade de Viçosa, estado de Alagoas,
em 28 de maio de 1917. Fez o curso primário na sua cidade natal e o secundário
no Ginásio de Maceió e no Colégio Nóbrega em Recife.
Freqüentou
as faculdades de Engenharia e de Direito, respectivamente em Recife e Rio de
Janeiro. Chegou também a prestar exames na Escola Militar do Realengo, mas
jamais concluiu nenhum curso universitário. Foi um dos organizadores da UDN
(União Democrática Nacional) em seu Estado. Elegeu-se deputado estadual em
1954. Em 1960 foi eleito vice-governador de Alagoas, na chapa do General Luís
Cavalcanti (1961-1966).
Teotônio
Vilela apoiou o movimento de 31 de março de 1964 e, quando se formaram os dois
novos partidos, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido da
situação. Vitorioso no pleito de 15 de novembro de 1966 para o Senado tomou
posse em fevereiro de 1967. Em seu primeiro discurso criticou o novo regime, já
então no período governamental do General Artur da Costa e Silva. Em 1974, com
a posse do Presidente Ernesto Geisel, que trazia para o Governo o projeto
liberalizante de uma distensão "lenta, gradual e segura", Teotônio Vilela inicia campanha pública pela redemocratização do País. Ele, após uma
conversa reservada com o presidente, desfraldou a bandeira da redemocratização,
colocando-se como porta-voz do processo de distensão e assumindo a posição de
“oposicionista da ARENA”.
Em maio de 1978, aderiu à Frente Nacional pela
Redemocratização, movimento que agrupava, além do MDB, setores militares
descontentes e políticos dissidentes da ARENA em torno da candidatura do
General Euler Bentes Monteiro e Paulo Brossard, respectivamente para Presidente
e Vice-Presidente da República do Brasil. Com a posse do Presidente João
Figueiredo, iniciada a chamada "abertura política", a 25 de abril de
1979, Teotônio Vilela, anunciando que "estava chegando onde sempre
esteve", deixou a ARENA e ingressou no MDB. Batalhador incansável pela anistia geral exerceu a presidência da
comissão mista que estudava o projeto sobre o tema, encaminhado ao
Congresso pelo Governo. Lutou pela Anistia e subiu nos
palanques das Diretas-Já, o projeto que previa eleições populares para
Presidente da República.
Encerrou sua carreira parlamentar, em novembro de
1982, em decorrência de um câncer. Assumiu a vice-presidência do PMDB,
continuando sua pregação em defesa da democracia. Permaneceu ativo até as
vésperas de falecer, em Maceió, em 27 de novembro de 1983.
Algumas
Frases de Teotônio Vilela
"Depois
de andar pelos quatros cantos deste País, descobri que existe no Brasil uma
Pátria.".
"Plantou-se
a Anistia e se colheu, depois, a Democracia.”
"A
Democracia não é coisa feita. Ela é sempre uma coisa que se está fazendo. Daí
porque ela é um processo em ascensão. É a experiência de cada dia que dita o
melhor caminho para ela ir atendendo às necessidades coletivas. O que há de
belo nela é isto. É que ela tem condições de crescer, segundo a boa prática que
fizermos dela".
"Este
País só será grande quando cada brasileiro se sentir responsável e influente
pela força do seu pensamento na formação do todo nacional".
"Não
temos outra saída senão uma representação política capaz de reorientar a vida
neste País. É quase que algo milagroso".
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Em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 1977 - Foto: Acervo Histórico ALESP |
Fontes:
Wikipédia
(pt.wikipedia.org/wiki/Teot%C3%B4nio_Vilela)
Senado
Federal (senado.gov.br)
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