A deputada Manuela: relatora do projeto, manteve os privilégios da UNE (Foto: Agência Câmara) |
Plenário da Câmara no momento da aprovação do Estatuto (Foto: O Globo) |
Tendo
como relatora a inevitável deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), foi
aprovada na Câmara dia 09/07, e seguirá para sanção presidencial, o projeto de
lei conhecido como “Estatuto da Juventude”, que “regula direitos dos jovens”.
Essa é mais uma tentativa do governo de criar classes sociais com privilégios
específicos, o que, no longo prazo cria na sociedade pequenos conflitos
artificiais de classe, jogando assim uma parte da sociedade brasileira contra a
outra, em uma eterna corrida para ver quem consegue se organizar melhor
politicamente para se regozijar de benefícios estatais.
Fazendo
uma crítica mais profunda ao Estatuto, logo no primeiro artigo observa-se que a
lei entende ser o jovem, no Brasil, pessoa entre 15 e 29 anos, o que é um
parâmetro absolutamente aleatório, além ocorrer uma sobreposição com o Estatuto
da Criança e do Adolescente entre as idades de 15 e 18 anos. O direito
brasileiro, portanto, não sabe se uma pessoa nessa idade é um adolescente ou um
jovem adulto, e essa confusão não é uma novidade. A verdade é que o direito
brasileiro não consegue uniformizar o conceito de adolescentes e jovens adultos
nem para a promoção de direitos, como é o caso, e nem para a aplicação de
deveres, visto que jovens de 16 anos possuem pleno direito de sufrágio ativo,
mas são relativamente incapazes do ponto de vista civil e inimputáveis do ponto
de vista penal. Em suma, uma grande bagunça.
A
verdade é que o Estatuto da Juventude é mais um grande retrocesso, pois não
inova na proteção de direitos individuais e cria uma série de novas
intervenções estatais na sociedade, sem se preocupar com os custos ou a
moralidade dos “direitos sociais” que cria.
Não
podemos desconsiderar que a juventude, dado o seu romantismo e inexperiência, é
um grande mercado consumidor de políticos de esquerda, e como os maiores
pagadores de impostos do Brasil são os pobres e a classe média baixa, no final
quem vai bancar a farra de “direitos” dos jovens eleitores petistas e
comunistas é justamente quem não pode arcar com ela.
Para
concluir: Reforça o poder da UNE, UBES e outras entidades estudantis cooptadas
por movimentos esquerdistas de expedir carteiras estudantis, o que, na prática,
incentiva a sociedade a financiar essas entidades de caráter duvidoso.
Texto Base: Instituto Liberal (http://www.institutoliberal.org.br/)
A atual "presidenta" da UNE, Virgínia Barros, "eleita aos 27 anos" (Foto: Folha de Pernambuco) |
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