“Sujeitai-vos
a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano,
quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores
como para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que,
pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres
que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus.”
Começo este texto usando as palavras do apóstolo Pedro,
segundo sua primeira epístola, citada na Bíblia, sobre a vida exemplar cristã e
os deveres para com as autoridades.
Mas o que se viu na noite de segunda, dia 18, na primeira
sessão ordinária da Câmara Municipal de Auriflama, dá para encaixar em partes o
que diz a passagem acima.
A mesma monotonia e quase nenhuma novidade ou destaque. É o que infelizmente acontece no legislativo, pelo menos
quando comecei a acompanhar os trabalhos dos vereadores, há cerca de dez anos,
embora já não houvesse ido à Câmara, há algum tempo.
O que estava na pauta do dia: sinalização de lombadas e
placas em determinadas ruas e sinalização de rua nas escolas João
Rodrigues Fernandes e Clara Carvalho Ferreira. Convenhamos, há itens de
prioridade alta a serem discutidas, ainda mais numa Casa de Leis.
Com exceção dos vereadores de oposição (Adauto Conceição e
João Enfermeiro – Bidico estava ausente), que citou críticas a atual
administração, como a preocupação da situação da saúde (falta de médicos em
determinados postos) e sobre alguns dos atuais Diretores da Prefeitura (exercem outra função,
não sendo aquela que foi nomeado), a sessão seria no
geral, monótona, para a não estranheza minha. Em resposta, a vereadora
Cuca, respondeu à altura sobre a saúde e destacou que todos os pacientes
foram atendidos nesse período. O presidente da Casa, vereador Chico Oliva,
respondeu sobre a questão dos Diretores, citando inclusive, o nome de todos, a
saber.
Foram citadas outras questões como o transporte dos
estudantes e sobre o novo Distrito Industrial. Mas foi preciso um vereador
de oposição para citar tais coisas, já que a sessão estava a caminho de acabar
em meia hora ou quarenta e cinco minutos no máximo, sem ter discutido algo de
fato necessário. A sessão acabou em uma hora.
Tudo bem é a primeira sessão, só passaram 49 dias da
posse, há vereadores de primeira viagem, mas esse filme
já vi e não é de hoje. As sessões foram feitas
para discutir propostas reais, sérias, envolvendo pessoas para debates,
propondo audiências públicas. Mas acho que fica impossível se reunir
desta maneira. Próxima sessão? 04 de março!
Até lá, espero que os nobres edis (aqueles que foram
eleitos com o voto popular), façam valer seus "serviços prestados à
comunidade" em plenário, e que eu possa valer a
minha ida para assistir as sessões.
OBS: Na sessão estavam mais pessoas ligadas aos vereadores
(família e correligionários) do que pessoas comuns. Nada contra. Apenas a falta
de interesse da população em geral. O que aliás é normal hoje em dia em qualquer lugar.
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